A Madrasta Má a Empurrou no Rio e 20 Anos Depois a Vingança Chegou!
**O Reencontro do Rio**
Vinte anos atrás, sob o sol pálido da manhã, uma jovem chamada Inês estava à beira da Ponte do Tejo, a olhar para as águas revoltas do rio abaixo. Tinha dezanove anos, o coração carregado de tristeza pelo falecido pai, mas grata pela mulher que a criara desde os doze: sua madrasta, Rosário Melo. Naquele dia, Inês confiava plenamente em Rosário, sem suspeitar que essa confiança seria quebrada num momento de traição cruel.
O pai de Inês fora um homem rico, deixando para trás três prédios e uma próspera empresa de construção. No testamento, deixou tudo para Inês, com Rosário como tutora até ela completar vinte e um anos. Durante sete anos, Rosário interpretou a madrasta perfeita—cozinhando os pratos favoritos de Inês, penteando-lhe o cabelo, encorajando os seus sonhos. Mas, por trás dos sorrisos calorosos, a inveja e a ganância fermentavam. À medida que o aniversário de Inês se aproximava, o medo de Rosário em perder o controlo da fortuna transformou-se numa obsessão perigosa.
Naquele fatídico dia de terça-feira, Rosário sugeriu um passeio para visitar a tia de Inês. A manhã parecia estranha—os gestos de Rosário eram demasiado calculados, os sorrisos demasiado brilhantes. Ainda assim, Inês concordou, confiando na mulher que fora sua família por tanto tempo. A viagem foi preenchida por conversas leves sobre o futuro de Inês e os seus planos para o negócio. Mas ao atravessarem a Ponte do Tejo, Rosário parou o carro, alegando que o motor fazia barulhos estranhos. Saíram, o vento do rio a assobiar ao redor delas.
Parada à beira da ponte, Inês sentiu um calafrio. De repente, a voz de Rosário tornou-se cortante, as palavras carregadas de veneno: “Pensas que mereces tudo o que o teu pai construiu? Pensas que és melhor do que eu só por causa do teu sangue? Eu também construí esta vida. Sacrifiquei-me. Não vou deixar que uma criança mimada leve tudo.” Antes que Inês pudesse reagir, sentiu mãos a empurrá-la com força. O mundo girou, a ponte a encolher-se acima dela enquanto caía nas águas escuras e geladas do rio.
O Tejo foi implacável. Inês lutou para chegar à superfície, os pulmões a arder enquanto a água salgada os enchia. Pouco antes de a escuridão a levar, viu o rosto de Rosário acima, distorcido por satisfação. Quando acordou, três dias depois, estava numa pequena aldeia piscatória. Um velho pescador, o senhor Ribeiro, encontrara-a quase sem vida, e a mulher dele, a dona Maria, cuidou dela até se recuperar. Inês disse não se lembrar de nada, e o casal chamou-lhe “Lua”, simbolizando uma nova vida. Mas, na verdade, Inês lembrava-se de tudo. Apenas não estava pronta para regressar.
Durante cinco anos, Inês—agora Lua—viveu com os Ribeiro. Aprendeu o valor do trabalho duro, ajudando na pesca e encontrando conforto numa vida simples. Mas todas as noites, os pensamentos sobre Rosário queimavam na sua mente. Perguntava-se que mentiras Rosário teria inventado sobre o seu desaparecimento, o que teria acontecido à sua herança, e como a sua memória estava a ser apagada.
Através de perguntas discretas, Lua descobriu que Rosária a declarara desaparecida após um suposto sequestro. A polícia procurou-a durante semanas, mas sem rasto, Inês foi declarada morta. Rosário herdou tudo, organizando um funeral dramático com um caixão vazio e espalhando entre os vizinhos que Inês fugira depois de roubar a família. A mentira espalhou-se, destruindo a reputação de Inês.
À medida que a dor se transformou em determinação, Lua começou a trabalhar com uma organização de apoio jurídico, aprendendo sobre leis de propriedade e herança. Guardou cada cêntimo e construiu um pequeno negócio de venda de peixe a restaurantes da cidade. Nos sete anos seguintes, contratou um detective privado para investigar Rosário. As descobertas eram revoltantes: Rosário vendera dois prédios, vivia extravagantemente e substituíra a memória de Inês pela sua própria narrativa de traição. Todos os vestígios de Inês desapareceram da casa da família.
A raiva de Lua transformou-se num plano de justiça. Estudou gestão, fraude financeira e começou a reunir provas. Descobriu que Rosário não só roubara a sua herança como também escondia dinheiro em contas offshore e enganava o fisco. No décimo ano longe de casa, Lua abriu uma pequena empresa de construção sob a sua nova identidade, escolhendo propositadamente projetos perto dos negócios de Rosário. Os anos de vida difícil mudaram-na: estava magra, forte, os olhos carregados de segredos. Quando finalmente se encontraram numa conferência de negócios, Rosário não a reconheceu. Rosário, agora complacente, ostentando joias que pertenceram ao pai de Inês, desdenhou Lua como mais uma concorrente.
Isso disse a Lua tudo o que precisava saber: Rosário não sentia remorsos, nem medo—esquecera-se do seu crime. Durante mais cinco anos, Lua construiu a sua empresa e o seu caso. Reconectou-se com os velhos amigos do pai, semeando dúvidas sobre a sua suposta morte e as histórias de Rosário. Nesse tempo, descobriu uma verdade arrepiante: Rosário casara-se duas vezes antes do pai de Inês. Cada marido morrera em circunstâncias suspeitas depois de alterar o testamento a favor de Rosário. A polícia investigara, mas não encontrara provas de homicídio.
Agora, Lua percebeu que não buscava apenas vingança pessoal—estava a caçar uma predadora. Contactou as famílias dos antigos maridos de Rosário, partilhando as suas provas. Juntos, construíram um caso que expunha não só roubo, mas um padrão de assassinatos ao longo de décadas. No décimo quinto ano de exílio, Lua estava pronta. Tinha uma empresa bem-sucedida, um dossiê repleto de provas e uma rede de aliados. Mas tinha algo que não esperava: paz. A menina mimada que caíra da ponte desaparecera. No seu lugar estava uma mulher que merecera cada respiro.
Num chuvoso dia de quinta-feira, exactamente vinte anos após a traição da madrasta, Lua entrou no escritório da empresa de construção de Rosário. Vestia um simples vestido preto e levava uma pasta com duas décadas de provas. A recepcionista anunciou-a como uma potencial parceira de negócios. Rosário fez-lhe esperar uma hora—um jogo de poder que teria intimidado a antiga Inês, mas que apenas divertiu Lua.
Quando finalmente entrou no gabinete, encontrou Rosário como esperado: atrás de uma mesa enorme, rodeada de arte cara. Rosário mal levantou os olhos. “Tens cinco minutos. O meu tempo é valioso.” Lua sentou-se calmamente, colocando uma fotografia em cima da mesa: ela com o pai no seu décimo oitavo aniversário. Rosário olhou para a imagem e congelou. O telefone escorregou-lhe da mão. “Olá, Rosário. Sentiste a minha falta?”
O rosto de Rosário passou do choque ao medo, depois à confusão e à raiva. “Isto é impossível. Estás morta. Eu vi-te afogar-te. Não há maneira—”
“Mas sobrevivi,” respondeu Lua. “Sobrevivi à queda, ao rio e a vinte anos a planear este momento. A questão é: vais sobreviver ao que vem a seguir?”
A compostura de Rosário quebrou. Começou a andar de um lado para o outro, murmurando que isto não podia estar a acontecer. DepoisFinalmente, enquanto os agentes a algemavam, Rosário percebeu que a correnteza do rio que tentara usar para silenciar Inês acabara por trazer a justiça de volta à sua porta.









Também acho estranho, essa parte não aparece sequer, o tal "pequeno apartamento" só é mencionado como estar em intenções de…